UM NATAL DE TODOS OS DIAS
São inumeráveis as formas de se celebrar o Natal. Algumas passam literalmente à margem do verdadeiro significado desta data, retirando do centro celebrativo a pessoa que está na sua origem e continua a dar-lhe o autêntico sentido – Jesus, o Filho unigénito de Deus que, “chegada a plenitude dos tempos”, foi enviado pelo Pai para resgatar, para salvar a humanidade, como se declara inequivocamente no Símbolo da Fé (Credo) professado pelos cristãos de todo o mundo: “por nós homens e para nossa salvação, desceu dos céus, e encarnou, pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem”.
Sem Jesus, sem a referência à Sua pessoa, à Sua vinda e à Sua presença constante no meio da humanidade, não tem sentido haver Natal, porque esta festa, para o ser de verdade, deve estar sempre imbuída do espírito e da doutrina de Cristo. Sendo assim, para além da memória litúrgica celebrativa do nascimento de Jesus num presépio, em Belém da Judeia, as manifestações podem ser muitas e variadas, sem trair, antes destacando alguns aspectos da mensagem cristã. É, por isso, de louvar, que a celebração se faça em família, com as diversas gerações (avós, pais, filhos e netos) comungando os mesmos sentimentos e o mesmo desejo de viver em harmonia, em paz e em amor fraterno. É que Ele quis nascer no seio de uma família (pobre, mas família) para indicar à humanidade os caminhos do amor que brota com maior espontaneidade entre os que, para além dos laços de sangue, partilham o mesmo tecto, sentam-se à mesma mesa, agradecendo a Deus o mesmo pão de cada dia.
Está igualmente dentro do espírito natalício a lembrança de todos os que sofrem, especialmente os doentes acamados, os sem abrigo e todos os abandona-dos. É que Ele veio para todos, mas a começar por esses, de tal modo que se identifica com eles: sempre que destes de comer aos famintos, sempre que vestistes os nus, sempre que acolhestes os peregrinos…, “sempre que o fizestes a um destes mais pequeninos, foi a Mim que o fizestes”.
De resto, é bom lembrarmo-nos, a este propósito, que o cuidado a ter com os mais frágeis da sociedade não deve limitar-se à época natalícia, como se, com isso, descarregássemos a nossa consciência e a nossa responsabilidade social. Este cuidado deve ser sentido pelos indivíduos e pelas comunidades como uma tarefa de todos os dias. Porque, para quem se sente tocado pela graça da vinda de Jesus ao meio de nós, todos os dias é Dia de Natal!
Um santo Natal para todos!
A.Jesus Ramos
Natal de 2018
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Escultura de Celestino Alves André