Primeira medalha para o evento de autoria de Mestre Cabral Antunes, foi editada pela Medalhística Lusatenas e entregue na ocasião a Sua Santidade o Papa João Paulo II, pelo Bispo de Coimbra D. João Alves.
“De tão pobrezinhos que eram o manto da velha Ana há meses que andava curto, por nele talhar as roupas à que havia de nascer, e o velho Joaquim, descendente do Rei David, cismava inquieto na morte breve e no braço forte que lhe criaria a filha”. E, então, nasceu Maria, que haveria de ser a Mãe de Jesus.
Foi há mais de dois mil anos, e Nuno de Montemor, sacerdote-escritor e autor de “A Virgem – Vida de Nossa Senhora”, situa esse momento exaltante numa “noite sem lua, que era de Sábado, em Setembro” numa casa pobre de Nazaré da Judeia.
O Bimilenário do Nascimento de Nossa Senhora celebrou-se, em todo o mundo, entre 8 de Dezembro de 1984 e 8 de Setembro de 1985. A iniciativa partiu dos padres capuchinhos do santuário da Santa Casa de Nazaré, que dessa forma responderam à proposta do Papa João Paulo II, feita em Agosto de 1983. Enquanto se aguardava que o Santo Padre proclamasse oficialmente a data do nascimento da virgem Maria, um centro promotor do bimilenário (com sede no convento dos capuchinhos em Potenza, Picena, Itália e dirigida pelo padre Gabriel Felci) trabalhou com vista às comemorações.
Entre as acções desencadeadas por esse centro promotor, foi feita a distribuição mundial de um folheto onde se dizia “é preciso empenhar o coração, a inteligência e as mãos de cada pessoa, de cada família, de cada paróquia, diocese e nação, tendo em conta as exigências da fé e da devoção, como também das necessidades práticas relativas à organização, à programação e realização dos festejos e comemorações”
Todos os católicos foram chamados a dar o melhor do seu esforço para que as celebrações do bimilenário de Nossa Senhora fossem uma grande festa da Igreja peregrina e um contributo para a paz e fraternidade entre os homens.
Mestre Cabral Antunes modelou no gesso e a Medalhística Lusatenas editou em bronze, esta obra-prima, que registava, em Portugal – nação fidelíssima – a passagem da jubilosa efeméride.
“Ela é pureza que lava, a água que fecunda”. E o mestre coimbrão deixou que as suas mãos fossem conduzidas pela inspiração desse templo de verdadeiro amor, na tentativa de bem memoriar a mais bela e bendita entre todas as mulheres.
Na face a medalha apresenta a Virgem Maria num misto de aurora doce da nossa esperança e do martírio pelo sofrimento do seu divino filho e da humanidade que tarda em redimir-se. No verso, a cena da natividade, com Santa Ana e São Joaquim e a menina cujo nascimento o anjo lhe anunciara, quando já se haviam conformado com a sua longa existência sem filhos. Aos pés, o cesto com as pombas que eram presente valioso no nascimento do primogénito entre os humildes da Judeia.
No conjunto uma verdadeira obra de arte, de um grande escultor português, que enriqueceu as celebrações perpetuada no bronze.
(autor desconhecido)
Medalha em bronze com o diâmetro de 90mm - Preço: €18,50 (inclui os portes para Portugal Continental)