Magnífica medalha em bronze com o diâmetro de 90mm - Preço: €20,00 (inclui IVA, suporte/cavalete e portes para Portugal Continental)
Escultura de Mestre Jorge Coelho
NATAL de 2024
Viver o Natal
Se alguém se desse ao trabalho de organizar um inquérito de rua, perguntando às pessoas qual a época do ano que lhes dá mais gosto viver, tenho quase a certeza que obteria um resultado com a quadra natalícia no topo das respostas.
Mas se, na sondagem de opinião, como agora se diz, se procurasse ir um pouco mais longe, tentando saber das razões dessa escolha, o leque de respostas seria vasto e variado, conforme a vivência de cada um.
Muitos, talvez a maioria, poriam em destaque a vertente da família. O Natal, de facto, é ainda o grande símbolo da união familiar, continuando a congregar à volta da mesa comum, na noite de consoada, os que o trabalho, o estudo ou outros tantos afazeres obrigam a viver afastados dos seus. E se, por motivos de força maior, não é possível a partilha dessa refeição tradicional, chega, por telefone ou por carta, a mensagem calorosa do sangue a garantir que nem sempre estar longe dos olhos significa estar longe do coração.
Os mais novos acres-centariam a esta, que é sem dúvida a mais significativa, uma outra razão - a das ofertas e das prendas que todos os anos se avolumam, passando, quantas vezes, do necessário ao supérfulo, do indispensável ao inteiramente inútil. É uma pena que o Natal se tenha transformado, por esta via, numa época de desregrado consumismo.
É verdade também que, a par dos gastos desnecessários, os mais pobres e carenciados não são esquecidos nesta quadra. Muito pelo contrário. Um pouco por todo o lado multiplicam-se as iniciativas para que os que sofrem de solidão tenham ao menos uma tarde de convívio, os que passam fome tenham uma refeição digna de tal nome e as crianças privadas de tudo tenham acesso ao sonho de um brinquedo, nem que seja em segunda mão. Afinal tem razão quem diz que o Natal devia ser todos os dias!
Por certo haveria também quem referisse o essencial do Natal, aquilo que está na base da festa que todos celebramos - a comemoração do nascimento de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus que assumiu a nossa condição humana para nos levar à dignidade de participantes na Sua condição divina.
A Medalhística Lusatenas com a edição da presente medalha, pretende dar um pequeno contributo para que o Natal seja uma quadra em que, sem esquecermos o essencial, se renovem os gestos de solidariedade, de partilha e de fraterna convivência.
Vem, Jesus-Menino!
Desce à pobreza
da nossa humanidade!
Torna-Te um de nós:
homem inteiro, homem divino,
para que a claridade
da Tua presença ilumine
este sonho de amor pleno,
de universal fraternidade.
Professor da História da Igreja no Instituto Superior de Teologia de Coimbra
Escultura de Jorge Coelho